As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos


        Opção de vida
Reeditada em 2019 - Com outro título



Na dor o espanto, na alegria o deslumbramento, é em cada esquina da vida que a nossa sensibilidade é testada, alguns se desvencilham fàcilmente dos instantes, outros buscam vivê-los mais intensamente num futuro, àqueles outros ali amargam em eternas lembranças. Alguns suaves, outros rancorosos, somos humanos cheios de falhas e virtudes... E para alguns, o doce espetáculo da vida ainda vai acontecendo... Tudo a cada instante vai se transformando.
É a vida, uma taça transbordando o mundo, com sonhos, ou com sofrimentos.
Dos nossos atos... Comemos da semente, o que plantamos.
Carne, sangue, alma. Corações quebram-se com facilidade.
Com cicatrizes nos iludimos, nos reinventamos na insistência de esquecê-las.
Cristais, sílica, fina areia... Ínfimos mais que seus grãos somos... Vida,

 



Vida...
Nela transcrito nossos
rastros,  a nossa biografia.
Eu bebo dessa taça, e somos a própria taça... Vivemos os conflitos, o amor e a guerra, à degustarmos cada vento bom ou ruim que ela soprar. Beija-me vida! Faz com que eu esqueça a certeza da morte, beija-me mais uma vez, brinda-me com mais um dia,
Como se beijasse os lábios do amor, que é a minha opção de vida.
Aprendiz sou, ensaiando, aprimorando a minha paz interior, vencendo...
Sou a ansiedade natural, sou dessas que lê o texto de trás para frente,
Fico tentando entender essas coisas de amor, trabalhando a paciência.
A vida é uma dança, se às vezes pasmo,
Os meus olhos saltam, o meu coração perde o ritmo...
Basta pensar no amor, basta pensar... Num amor específicamente,
Volto à mim, lembro o quanto é bom amanhecer para amar,
E os meus olhos vão por aí à fora, passeiam procurando o que me faz feliz somente, querendo dizer-lhe as mais lindas palavras, direto para o seu coração. Às vezes até tento... Outras vezes me calo. Porque não digo tudo.
Um dia beberemos da mesma taça,
Faremos tudo o que fazem os amantes, e eu nada direi, não escreverei uma linha sequer. Nem você, nada dirá. Apenas nos olhando bem fundo, eu lhe direi:
                  _ Abraça-me meu amor, porque nós literalmente só temos hoje.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 06/09/2016
Alterado em 08/12/2019
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.