As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos
            
 
                      


Escrivaninha
                   ( Poesia )
            Porque amar é a própria poesia
 
 
 
Não consigo escrever quando a minha pele, o meu mundo,
tudo ao meu redor tem um nítido sentido,
Que é pensar e querer tanto, tanto você.
As simples folhas se renovando, o inverno que está chegando,
Diz pra mim com toda suavidade, que sei do que eu preciso.
Nenhum mistério há, ou temor, quando confiamos no tempo.
É um amor que não cessa, ano após ano, incansávelmente,
Não é uma vontade de construir um poema, ou uma prosa,

Gosto desta certeza de sentir que o que habita em minha alma
Não é só uma nuvem brincando ao sol ou diante da lua,
com o vento,
Não é apenas uma noite escondendo a beleza do azul do mar...
Há tanta melancolia na escuridão que se perde
dentro do meu olhar!
                      Não é uma ilusão em desalento.
É a minha esperança gritando constantemente pelo seu nome.
O mundo me parece pequeno demais,
uma vida apenas, é pouco,
Pouco demais, para tanto amor,
os meus dias são todos iguais
quando o meu amanhã é um resumo da minha vontade
de ter você! Não há maior exclamação...
Aí sim o sorriso vem expontâneo e a minha alma
Ah ela mistura-se com o vento querendo lhe ter   
... Sabe, meu querido amor, eu não sou, sem nada de você.
O que existe é um gosto, é uma inexplicável compreensão,
um sonho no qual eu acredito, pelo que não tem explicação,
E tanto faz abrir ou fechar os meus olhos,
Essa imagem fiel sua, da minha vida, não some,
Existe, existe e me faz tão bem, ah como quero essa emoção!
Não existe alegria maior do que pensar em você.
Que saudade...
Nem quero saber o que pensam desse amor.
São os olhos da minha mente, que vai e percorre o universo,
Descendo abismos, atravessando os desertos,
procurando flores, quebrando espinhos,
para sentir que você vive e que está feliz.
Vencendo assim o meu cansaço,
descanso enfim num sonho que é certo;
                                                 Você.
Ah os meus dedos lhe escrevem, ousam lhe conhecer,
E lhe descreve.

E entre os meus pensamentos e a minha solitária escrivaninha,
a minha alma sabe o quanto você faz parte de mim,
ela como ninguém, sabe o quanto você é sensível, sabe que quando
você, meu sonhador querido, contempla estrelas,
Não é somente um sonhador à admirá-las,
Você se perde e se encontra num brilho, que a mim ilumina
E nunca me deixa sozinha.
 

 
 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 30/12/2016
Alterado em 30/12/2016
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