As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
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Antiga sede


Devido as escassez das águas, próprio daquela região,
Só havia água naquele rio,
A menina acompanhava a sua mãe uma vez por semana
para colher a plantação.
Via as águas do rio passando,
O vento, os seus cabelos ia assanhando.

Sentia uma incompreensível sede,
Sem saber em sua inocência, o porquê.

Talvez fosse aquelas cantigas das lavadeiras
que era mais lamento que alegria,
Umas choravam a fome de seus filhos,
outras choravam à partida de seus maridos,
Era o que numa conversa delas, se ouvia.

Elas, durante toda a manhã cantavam, cantavam
motivos não lhes faltavam para chorar.

Os rios, buscavam desesperadamente o mar,
Ela, a menina,
Nunca entendia a sede que a sua alma sentia.

Ainda hoje ela lembra das tristes cantigas
que a sua antiga sede embalava,
Lamenta nunca ter podido as lavadeiras ajudar.

Agora ela já não sentia tanta sede,
Porque a vida do avêsso, ela compreendia.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 19/04/2017
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