As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos
 
Daqui a pouco



 
Anotações de planos desfeitos, que ficarão escritos na alma,
Um quadro sem gravura, onde alguns sonhos foram pregados,
Na sua agenda, rabiscos,
daquela cidade desconhecida que guarda o seu anjo.
Fotografias coloridas e em preto e branco,
Juventude amarelada,
Junto alguns sonhos, tempo sem cor, muita saudade.
À sua frente uma xícara bem quente de café puro, negro,
Feito a noite que adentra o mar.
 
Ao seu lado, livros inseparáveis.
Gavetas, recheadas de lembranças, desenhos
das suas adoráveis margaridas,
As primeiras poesias datilografadas,
Outras escritas, estas,
Nunca serão publicadas.
Álbuns encadernados,
Coisa que não se usa mais, é ultrapassado.
 
Alguém bate à porta, volta à realidade da sua vida.
Depara com o pavor disfarçado de medo,
Ah as fantasias, se antes, delas não precisava;
Hoje são fundamentais!

O café daqui a pouco será trocado por torrada com chá.
Daqui a pouco, ela,
Será só mais uma fotografia velha esquecida por aí...
Bocejando apaga a luz
_ Ah chegou o danado do sono, vai sonhar,
Tranquila, irá dormir. Não quer assistir as tristes notícias,
Desliga a televisão, mas, daqui a pouco, sem hora para acordar.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 19/04/2017
Alterado em 19/04/2017
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