As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos

 
 



 
Encontro marcante


 

De uma beleza, educação, nem dá para contar.
Outro nível, de origem sem igual,
Charme, elegância, discrição, sutileza.
Apenas observando tudo ao seu redor
de instigar a minha curiosidade,
estranhos éramos naquela cidade.
Trouxe de volta a minha alma, que estava à perambular.
 
Ele, transparente, cheio de verdades.
Uma criação inesquecível da natureza.
Daquele instante
Sobre a mesa um prato intocado
e do outro lado um mistério, uma vontade.

Interrogação gritante,
_ Seria por acaso, algo ruim,
Esperava alguém?
Porque? Por horas ali largado,
Tão estranho assim!

Não deu para segurar a pergunta não calou:

- Porque?

Dele veio a resposta...
_ É que eu não sei comer,
depois você me ensina, agora tenho que partir!

Deu tempo ainda dum olhar, um toque de mãos
uma promessa de retorno, deu tempo.
Antes de pegar o avião,
Deixarmos um para o outro, um cartão?

E se foi...
Deixando em mim uma vontade, fatalista,
Antecipando um vazio, uma saudade.
Deixando marcado em nós, um registro da simplicidade.

Um ano depois...
Eu voltei, olhei para as minhas mãos,
Lá estava ele, maravilhoso!
Com aquele nome, aquela cena em minha mente,
E o mais curioso, ele não me esqueceu...
Hoje
Tornou-se um jeito gostoso de falar,
pouco a pouco,
Foi ele, o destino encantado que Deus me deu.
Sem pretensão, eu diria um amor inocente.

De quando em vez, arrumamos tempo.
Nos falamos, brincamos, trocamos carinho,
gentileza, efeitos, promessas de vida,
que cada vez mais serão cumpridas.

Quiçá!

Que é gostoso é.

Posso sentir ainda o seu olhar galanteador,
A sua voz firme, forte,
Num gesto cavalheiro de dizer
sem palavras, que toda mulher
merece todos os cuidados, feito uma delicada flor.

Daqui a pouco
nem nos despedimos
Uma calma se faz, num até breve, sem silenciar,
Depois nos reencontramos
do ponto de partida,
E de chegada em chegada,
viver é um eterno recomeçar.

 
Foi uma noite linda, inesquecível, de luzes rasgando a escuridão,
Como testemunha tivemos a escuridão do mar...
Um porto, uma ave ancorada na sua solidão.
Nada mais bonito nesse nosso encontro marcante,
Com sabor do seu vinho,
seremos um dia tudo, seremos mais voos,
Amor, ternura, seremos muito mais que amantes.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/07/2017
Alterado em 19/07/2017
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