As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos
Parque das Crianças - Fortaleza-Ceará






Nascimento






O meu pai sempre me contava que o dia em que eu nasci,
foi o dia mais feliz que àquela altura ele teve,
eu fui a menina esperada por ele, com laços de fitas,
e recordo o jeito que ele cuidava tão bem de mim,
era a sua princesinha, como ele me chamava,
fazia todas as minhas vontades, me levava para brincar
no Parque das Crianças, me deixava subir num castelo
que até hoje está lá, bem ao fundo.
Junto com os meus irmãos mais velhos que eu,
ele nos levava para a Praça do ' Vaqueiro,
que fica até hoje em frente ao antigo aeroporto,
onde fica a estátua 'dele, incrível é que
aos olhos das crianças, uma coisa tão pequena, se agiganta.
Outro dia eu passei em frente ao parque,
o lago e a ponte estão intactos, bem conservados,
as árvores lindas! Cheia de pardais...
O castelinho está lá, feito de pedras escuras, tão pequeno!
A capelinha amarela é só um abrigo para a estátua
dos cupidos, que eu nem sabia naquele tempo.
O grande parque se tornou uma repartição pública,
tendo dentro também uma Escola Modelo...
Ainda conservam dele a beleza, que saudade me deu
dos meus irmão que já não estão conosco, se foram
para sempre e hoje o meu pai não deve estar infeliz,
estando junto deles... 'Se outra vida além dessa, houvesse.
O nascimento é um morrer a cada dia, o que nos faz vivos
são as nossas ilusões e recordações.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/03/2018
Alterado em 17/03/2018
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