As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos






Devagar, mas sempre


Calada aqui pensando... Dentro dos olhos de minha alma, eu sei de qual cor me ofusco com as estrelas. Hoje quis ouvir a ópera da madrugada, ela veio não sei de onde, mas sei que me faz um bem danado, esta me pareceu bem mais animada. Às vezes, em minhas orações peço para que esse galo viva bastante, pois ele nem sabe o quanto amo despertar na madrugada e distraída, ser por ele, chamada à vida. Uma sensação antiga de ouvir o trem cortando o silêncio, o bater das portas, conversas na voz dum passado muito distante.

DESPERTEI, ainda pude roubar as cores de algumas estrelas, cor que se confunde com o meu jeito de poesia, àquela exprimida do sonho que você não pode sonhar, àquela que sai e quando você se dá conta, ela já evaporou o quanto a água se evapora esquecida no fogo, e você repõe água, nem a inspiração ou os sonhos serão os mesmos.

GANHEI um novo dia. Não vou voltar à dormir agora, preciso fazer a minha alma descansar. Às vezes você corre, não dá tempo de nela pensar, na madrugada você para um pouco, conversa com a sua alma, sorri e pede calma. Ela concorda. Não importa quanta estrada ainda há. Agora chove, as estrelas se foram, vamos seguir viagem, barco parado não alegra os olhos das crianças. Ganhou um novo dia, não deixe morrer nunca a sua esperança.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 26/03/2018
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