As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos




Voltei





Os meus olhos se enchem de mar azul, de céu azul,
será que essa imensidão que vejo, tem mesmo essa cor,
tem esse nome - Azul.
Porque dizer azul, será que é por isso que inconsciente
chamo o azul a cor do amor?
- Só pode ser amor essa mistura de céu adentrando o mar,
de mar beijando o céu, certamente eles entre si conversam,
nós não entendemos nada, mas, eles falam de solidão,
de multidão, falam de olhares tristes, falam da sede humana.
O céu e o mar só podem se falar, falam da pálida cor,
que deixa no rosto quando vai definhando o amor...
Falam da insignificância dos seres morrendo aos poucos
andando famintos, esturricando ao sol, às mesas fartas,
procurando uma árvore para se abrigar, desejando
atenção, querendo uma palavra, um abraço, uma fatia de pão.
Por isso às vezes em fúria, o céu troveja, e cospe fogo,
rasgando as nuvens negras de desgosto, sem se importar
se é maio, junho, dezembro ou agosto.
Pensamentos, pensamentos loucos. Tudo o que me invade
agora é a vontade de fugir, mas, para onde?
Voltei à dormir, olhos cheio de azul, será que é mesmo azul?
A minha alma exausta quis descansar da poesia e de amar, 
Da minha inocência de um dia, nem sabia, senti saudade.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 02/06/2018
Alterado em 02/06/2018
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