As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos


Entre o papel e os meus pensamentos, quando a caneta
desliza, já nem sei o que escrevo, não sou eu,
percebo uma mulher de outro tempo, um tempo que a tangeu
para essa estação sem fim, onde ela não se encontra.
Ela tem sede de dizer tantas coisas
sem precisar falar, por saber não seria ouvida, entendida, 
e ela vai como se fosse levada pela melodia de sempre,
que consegue lhe transportar para o lugar dos sonhos,
vai... Sempre atraída pelo mesmo olhar, o olhar de um dia,
que um dia a transformou em poesia...

Aproveitando cada instante, num jeito de ser feliz,
e de por um longo tempo, haver feito parte desse mundo.
Mundo incrível...
Você pensa coisas que não consegue escrever,
sente emoções que não tem palavras que possa descrever.

Não é a vontade de deixar riscos no tempo,
ou marcas através das palavras, mas, sim,
de colocar um pouco de você por você, para fora.

Para que a alma possa seguir sempre mais leve, possa
registrar o encanto da folha que cai, traduzir o barulho das ondas
que o mar empurra até os meus  pés,
ah o mar e eu, quanta sintonia,
para me fazer lembrar que viver é tão simples,
ao deparar-me e reconhecer-me, Liduina do Nascimento:
algumas dores, muitas alegrias, também idas, vindas,
sem me deixar esquecida em nenhum lugar por onde passei.
Sou... Ler, refletir, escrever, insistir,
sou sonhar, acreditar, realizar, sorrir, sentir demasiado.
Descrever, interpretar, esperar, chorar,
tudo significa vida, dormir, para despertar, sempre amor.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 08/04/2019
Alterado em 09/04/2019
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.