As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Transitório

 

 

Contar, sem dizer, fugir dos pensamentos

num eterno faz de conta no alvoroço que é viver.

 

Não dormir, não sonhar, emoções sufocadas.

Calar profundo, nessa vontade de ir, sem querer

ficar, ou voltar.

 

Inércia, sem desespero... um vazio, não ouvir

o que a alma precisa para seguir, nesse nada.

Caminhos sem fim, mar de tédio, viver é mais que rio.

 

As angústias cessarão, numa noite, ou à luz do dia...

inúteis são os anseios, desilusões, tristezas, os risos.

 

Desejos, ideais, tudo é efêmero, mesmo a alegria.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 09/06/2023
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