As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Teia do tempo



E quando no fim do dia dentro da alma da gente, chove...
Chove, e eu estou por dentro me sentindo calmamente feliz.
Olho para fora, além do quintal e concluo que
Houve um tempo em que do tempo eu fugia, hoje não, hoje eu senti vontade de, consciente juntar o passado com o meu presente.
Hoje eu não julguei os meus atos, não me culpei ou aplaudi, somente quis ficar um pouco falando sozinha, e sozinha eu senti o tempo afagando os meus cabelos brancos, disfarçados.
O tempo...
Ele, me abraçando, foi me dizendo que deu certo, tudo...
E por alguns instantes, o passado e eu caminhamos em grande parceria, foi demais a sintonia, causando em mim o efeito do dever cumprido.
Os desejos são linhas imaginárias que vamos tecendo ao longo de nossas vidas, neles vamos nos agarrando, com medo de cairmos.
Recordo quando um pouco de papel e lápis era o suficiente para me fazer viajar por lugares que só existiam em minha imaginação, algumas páginas guardei, porque nelas havia um desejo de conquistar um espaço impossível, era estranho pois, por mais que eu escrevesse havia uma distância sem fim entre a realidade e os sonhos, até hoje quando penso e escrevo, há uma falta de palavras entre o teclado e eu, mas permanece inteiro esse amor que hoje é vivo dentro de mim, a teia do tempo era a busca de você.
Quando ao invés de escrever, sinto...
Sinto algo tão intenso que não consigo dizer, mas consigo alcançar um rosto o qual uma vida inteira eu sabia existir, era o seu.
Agora é uma outra fase... A fase de amar sem medidas e saber que nem sempre tudo o que a gente quer, não necessáriamente tocamos.
Nem por isso deixamos de amar e de querer.
Lembro quando perdi a esperança, por outra esqueço de acreditar...
Lembro quando me enganei e quando tentei novamente, mas acima de tudo o que fiz até aqui me mantém plena por saber que desse amor eu não irei desistir.
Posso continuar por ele, tecendo mais sonhos... Neles posso lhe encontrar,
De repente, tudo na minha vida se ilumina.
O que me une às letras é que nelas eu me vejo sempre, sempre escrevendo para você e será assim enquanto eu viver.


                                     



 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 26/07/2016
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