As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos





Sossego
   Crônica

 
 
Pessoas não chamam a minha atenção, exceto àquelas de olhar distante,
de riso difícil, com ar de mistério, e quantas vezes fico à me perguntar,
o que escondem, feito estradas que vão ficando e não sabem de nós, dos caminhos eu sei.
Não somos parte da estrada, enquanto ela, parte de nós, e quantas marcas ficaram, mas, como todo caminho tem seu encanto, dele bonitas lembranças, onde deixamos a nossa alma que sem querer nos seguir, fica.
..Depois ela volta cheia de saudades, vez por outra nos toma pela mão
e aponta uma coisa daqui, uma coisa de lá, e nessa doce trajetória fechamos os nossos olhos e nos deixamos ir em busca do bálsamo que inebria.
Não tem um caminho sequer por onde quer que eu passe, que não toque
a minha alma. Não vivo de lembranças, e enquanto eu guardo cenas,
e algumas palavras, até ipês, e até mesmo o silêncio, amadureço, ganho algumas certezas que só me levam à buscar sossego.
Agora os pássaros, a plantação de roseiras, depois o rio sempre apressado,
o sabor do mel fresquinho de abelha no suco de tangerina, o gosto do caldo de cana de açúcar, o sumo do cajú, as canjicas, as galinhas e suas ninhadas de pintinhos, mais adiante no terreiro ao chão, espalhadas, as flores das laranjeiras, quanta manga madura! Ah meus pensamento.
O cheiro do café pilado. Ainda sinto debaixo dos meus pés descalços,
a maciez das cascas de milho, e lindas, verdinhas, as bananeiras.
Que o sono que bateu forte agora, e no aconchego dos meus pensamentos, essa noite terei sonhos lindos que me levarão embora.
Despertarei com mais vontade de continuar essa viagem encantada que é a vida. – Grito um bom dia para o sol que veio e continua o mesmo, quanto ao amanhecer, cada um tem a sua magia, as folhas caindo, e as pétalas enfeitam a minha vida.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 22/10/2019
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