As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Conchas


 
A fartura de areia ressaltava seu deserto
e os dias não eram iguais,
fossem de tristeza ou de alegria.

As pedras
de cores esmaecidas, banhadas
pelo mar imenso
 à banhar o meu rosto cansado, exposto
às tardes sem graça, 
e nos mesmos olhos de areia
mirando dunas amareladas,
mostravam  da alma  um rosto,
de conchas jogadas na areia,
que apresentavam a solidão,
de mãos, vazias.

Pensando naquele coração
caído sem suspiros, e sem sonhos
de amor, 
a sua verdadeira face não mostrou,
a sua história escondeu naqueles
olhos de desespero que no tempo pairou.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 06/11/2019
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