As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Estação selvagem




 
A noite foi dando lugar
à uma fria madrugada cheia de vozes abafadas,
de olhos cansados, 
e estranhos de rostos sem movimento e sem um riso sequer. 

Cada um por dentro calava a sua dor,
o seu sono, sua euforia ou desalento.
Daqui a pouco o sol iria rasgar a escuridão,
desnudar cada sonho, ou aflição.

Porquê os nossos pensamentos não nos deixam
simplesmente
sentirmos a vida acontecer, sem tanto nos questiornarmos,
ficamos nessa fraqueza tola de parar
para sem êxito querermos entender o mundo, as pessoas,
melhor seria sair por aí, vivendo à toa.

A manhã me pegou de surpresa, nem percebi,
perdi tanto tempo divagando.
O café esfriou.
Faz falta àquele amor que preenchia as madrugadas,
quando a insônia chegava para ficar,
e não incomodava, era gostoso perder o sono, para sonhar.
Ah como eu queria voltar a sentir o amor louco,
bicho solto, irracional, que ao primeiro susto,
volta para o seu dono,
sem medo de sofrer a qualquer instante outra decepção,
e abandono.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 09/12/2019
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