As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Natal
Prosa




Dezembro sempre foi o mês mais marcante da minha infância
com os meus pais e irmãos, montávamos a árvore de natal
que parecia a coisa mais linda aos meus olhos, 
no toque final da árvore todos queríamos colocar no alto,
a estrela guia,
e eu, um pingo de gente,  para finalizar, subia na cadeira,
e descia feliz por ter sido a escolhida, pelo meu pai.

Em todos os dezembros, havia o cheiro de tinta que o meu pai
ia pincelando pelas paredes, dizendo que tudo tinha que se renovar;
a casa, os pensamentos, a vida...
e correndo brincando com meus irmãos, certa vez derramei
o balde de tinta e a minha avó disse - Não faz mal, não briga com ela,
derrama Liduina, espalha pelo chão a tua euforia,
pincela a esperança, e o nosso desejo de dias melhores, de paz.

Na noite de natal todos íamos
assistir a missa do galo, eu ficava à janela do carro,
admirando as àrvores das ruas iluminadas,
e naquele furta cor, eu sorria de alegria. 


É muita saudade para um peito só.

Cresci, construí a minha própria família,
a história se repetiu em costumes diferentes, mas, o amor
é o mesmo...
Até hoje, nas noites de natal,
não consigo esquecer que o pernil assado ao forno,
daquele tempo inocente, marcou.

Tudo tem muito sabor quando reunidos, celebramos o amor,

amo o natal pelo que simboliza, sem dar asas ao capitalismo.
Qualquer música de natal me faz chorar, me faz
mais sensível do que sou.


 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 22/12/2019
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