As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Ida e volta






Era somente uma estrada, que nada da
vida sabia,
pensamentos atordoados,
sonhos abafados, lá vou eu
empurrada pela vida,
ouvindo gritos, e seus ecos
de uma liberdade perdida.

Adiante pedras, flores silvestres,
o cheiro do mato,
saudade de parar um pouco
e sentir o aroma campestre.

Lembrei o lago, os meus pés molhados,
o toro caído,
enfeitando alguns sonhos abandonados.

Atrás das flores,
a parede com marcas de chuva,
o canto, as aves,
as margaridas da estrada.

Um risco, outro risco no asfalto
marcando a ida e a volta,
tantos se vão e quem volta
não traz o mesmo riso.

Viver é sentir, é sofrer e se iludir
com a felicidade.
Assim como me sinto fora dos trilhos,
também sinto
as mágoas cessarem no novo chão que piso,
chão repleto de saudade.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/02/2020
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