As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Nada





Não me olhe pelas costas
saiba, quando contemplo
o mar ergo os meus braços
esperando um milagre
louca por uma resposta.
Esqueço tudo, a sua insensatez
e a desilusão, volto à pedir
não me julgue ou analise,
não me veja de perfil
chegue mais perto do meu coração
tente ler a minha alma através
do meu olhar.
Nem assim irá me alcançar
quando a minha alma silencia,
é você que ela fica no horizonte à procurar.
Só você
esse meu silêncio pode quebrar.
Feito a sua sombra sou,
sou esse nada que perto de você ficaria
sem cansar, só por amor.
Enquanto o mundo me cansa,
a minha alma reconheça, através do meu olhar
desperte para o que eu miro
sem poder lhe alcançar.
Fico com a sua lembrança
sem dá uma palavra, me retiro.
Em meu sonho distante procuro
por você
porque só em você descanso,
engulo os meus suspiros.
Peço silêncio sem saber de nada
sobre você... nada sobre a vida
nem a minha ou a sua, preciso viver
que seja desse jeito, à esmo
pelas ruas.
Sobre não ter você, aprendi a seguir
mesmo não lhe tendo, lentamente morro.
Não se engane, quando me perco
pela vida
sozinha em qualquer lugar,
não tenho medo de nada, fico fora do mundo
fico fora de mim, me reencontro se penso
em você.
repito, não lhe tenho, mas
nada mais temo no mundo que o medo de lhe perder.
 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/06/2020
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