As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Risco dourado




Dia nublado, céu encoberto
que me reporta para lugares conhecidos
e tão distante.
Regando os tomateiros que ainda não brotaram,
sem querer machuquei uma de suas folhas,
senti o cheiro de infância, lembrei das correrias
desenfreadas,
sem perceber a inocência,  sem medo de cair,
parte do paraíso, sem dele ter consciência.
Céu nublado
já faz três dias, dessa vez não vi a lua,
aquela que mais parece um risco dourado na noite,
onde a estrela brilhante, fielmente a acompanha.
Com o coração riscado,
lembrei de você riscando meu destino,
agora em todas as suas fases sigo com um coração
repleto de um amor sem fim.
Feito aquela estrela
às vezes me escondo, mas estarei
sempre lá, à seguir esse amor mudo.
E  se eu tivesse mais vida, ainda mais lhe amaria.
Mesmo sendo a minha vida e a sua,
um céu cinzento, que encobre tudo.
Daqui não posso vê-lo, mas sinto, e sei
o céu fica cinzento, às vezes ele precisa dormir,
vai retornar depois, com o azul mais incrível,
à noite ainda trará muitas luas que ainda falarão
de nós dois.
Dias de céu sem o colorido do verão, céu sem sol,
cor cinza melancolia, paz invadindo a alma,
de ventos, muito amor, saudade e calmaria.
 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/06/2020
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