As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Magia que aquieta






Fechou a porta e saiu, sem olhar
para trás,
levou somente a roupa que usava,
sonhando,
olhando a lua ainda cheia, 
não havia muito o que dizer, cantava.
Não sabia calar,
vez por outra parava e escrevia,
desabafava.
Não era poesia, prosa, nem conto,
mas tinha voz, tipo
carta confissão,
com gosto e amor pela vida,
frases de inocentes palavras.

Era um amor saindo pelos poros,
era uma loucura,
inspiração que queima e desorienta,
sem mágoas, culpas, era amor,
desses que com a ausência
não se contenta.

Morrer à sorte, a ninguém convém,
buscava uma magia que tudo aquieta,
faz a dor esquecida.
Não era um ninho se desfazendo,
era sonho solto, pedindo guarida.

Era um querer soprar as cinzas,
jogando para longe a desilusão,
queria abraçar a vida, sem poesia, 
feito um beija flor aflito, 
era um coração curado, sem passado,
de sussurro e não de gritos.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 06/07/2020
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