As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Miragem


Volto do infinito que busquei, me sinto estranha,
atravessando o deserto onde caí,
deixei partes da minha alma,
daquelas partes que não mais preciso.

Deixei algumas ilusões,
as quais com afinco me apeguei,
relutantes,
quase não me deixaram vir.
Voltei de vez para o mundo comum,
todos os desejos,
para o vento assoprar, soltei.

O tanto que o amor se deu,
não adiantou
do passado só a poesia me restou.

Poesia poeira, se espalhando
mundo à fora
junto me leva, varrendo a tristeza, 
buscando alegria nessa longa viagem,
para o meu íngreme caminho
resta na alma cicatrizes e alguns espinhos.
Vida real, apagarei àquela miragem.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 17/07/2020
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