As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Literário
 




Quase não tenho feito nada da vida,
não as coisas que eu gosto de fazer.
Os cafés na livraria.
Os encontros no final do dia,
as nossas gargalhadas, 
as conversas fiadas...
Cada um contando da sua tristeza
ou da sua alegria
do nosso jeito de viver.
Coisas tão simples, a mémória visual
e sentimentos, são os mesmos que
já estavam guardados e não vão morrer.

Os meus olhos já conhecem de cor os rostos,
os outros sentidos lembram do cheiro,
e do calor de cada abraço com muito gosto.
O que escrevo
são sentimentos, não é nada literário.
São as lembrança dos nossos passos,
as visitas, os jantares, os nossos almoços.
Emoções que se desprendem,
nada que a poesia inventa,
as que guardo calada, sem sofrer,
momentoss felizes, que iremos repetir.
São essas lembranças que me sustentam.

A nossa velha casa reformada,
a luz da sala de jantar acesa,
e minha alma de saudade, apagada.
Cada objeto mudo tanto me diz
de vocês três... 
Passaram tantos anos aqui,
por incrível que pareça, não saíram.
Apenas foram ser livres, foram crescer
longe de mim.
Eu amo vocês, do amor mais puro
que alguém pode ter.
Vivem em meus pensamentos,
e a certeza de seus retornos,
motivação para continuarmos à viver.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 17/07/2020
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