As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Desapego            





É preciso voar, espairecer, procurar o outro lado,
depois descer, caminhar devagar para achar
a última curva, mas quando o cansaço bater,
à frente d'um lago qualquer, precisa sentir a vida.

Os pensamentos irão além, desapegando daquilo
que quis e que foi, dando vida às coisas ao redor.
Feito o salto da ave, de galho em galho,
de poesia em poesia os seus anseios irão pousar.

A alma vai ganhando a leveza das borboletas,
até o olhar se acostumar a deitar no colorido
das flores, e de sonho em sonho, inesperadamente
alcançará um estágio onde se sentirá seguro.

Basta um pouco de solidão, para valorizar a própria
existência... Sem precisar ao outro endeusar.
Passar à se amar num tempo sereno, sem voltar.

Sucessivamente, conhecerá outros caminhos,
o lema é buscar a paz sem recuar.
Inevitávelmente a tristeza virá, quando vier,
estará firme, para à ela não se entregar.


Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 04/08/2020
Alterado em 05/08/2020
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