As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Muralha



Mesmo coberto de flores e de verde
Os muros são distanciamentos
Nos levam à acreditar que são
Intransponíveis, já do lado de fora
Imaginamos aqueles cães enormes
Com o latido assustador.

Desde criança sonhei com uma casa 
Sem muro, apenas um belo jardim
Com o passar dos anos, eu mesma
Cerquei-me de uma grande estrutura
Levando todos para longe de mim.

Andei por algum tempo, cercada por
Uma muralha, à me proteger do mundo
Na qual  julguei estar segura.

Não. Estou vulnerável, frágil demais
Não importa quando a porta está aberta
Nem assim irão encontrar o meu eu
Verdadeiro, esse que vivo à procurar.

Ao depararem comigo, acreditem
Não estarei fácil de alcançar
É o meu amor por ele, que irão encontrar.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 03/11/2020
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