As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos






O  olho do futuro


O riso, não se esconde atrás da máscara, acontece.
A alma sente e tonta fica, sem embriagar-se,
tantas ressacas causadas pelos vícios das tentativas
de tudo transformar. Despetalaram-se as flores,
as folhas secaram, as sementes pouco regadas
à falta do inverno, para longe, o vento carregou.
Os espinhos mais agudos, furam a alma e os dedos.
O intenso sol e a poeira, o olho do futuro já cegou.
O mundo não pode perder a essência e o colorido,
nem retirar de nós, a vontade de poesia, roubando
a nossa calma, lamentando num tempo perdido.
O café se tornou mais amargo... cheio de realidade.
Vida à dentro,  só correria, falta de tempo sequer,
para deixar-se dominar dia-a-dia, pela saudade.
Sem contar os passos, a alma ainda quer se iludir,
sem sentir de quem se ama, os abraços, mas não mudou,
nessa aflita viagem, o sonho é o esboço de um barco
frágil em alto mar, nessa lírica paisagem... perdi o medo
de afundar, sem remo, sobrevivi e a poesia sem rima,
guarda com afeto, um amor destemido, em segredo.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 24/08/2021
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