As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos



           

                 
                                                                       06.09.21
 







                 Brasileira

 
Nunca fui de me orgulhar por nada, na primeira grande escola que frequentei,
sentia em minha inocência, orgulho por saber que aquela escola havia sido construída pelas mãos maravilhosas do meu pai, que era pedreiro,
e foi um excelente pai, e construtor.
Aquela escola era a minha segunda casa...
Depois das aulas, todas as manhãs, a minha avó ia nos levar de volta para casa,
a mim e aos meus outros irmãos que também ali estudavam.
O nosso caminho era de seis quarteirões, até a casa dos meus pais, havia muita distância entre uma casa e outra, e alguns terrenos desabitados, em seguida, almoçávamos e voltávamos para a escola, sempre com muitas atividades para fazermos, como teatro, música, leitura, e catecismo, o diretor era dedicado,
parecia um personagem saído dos livros, aquele havia nascido para ser educador, foi exatamente naquela escola que eu queria ter estado nos primeiros aprendizados da minha vida, ali que aprendi a respeitar e a amar a minha pátria.
Todas as manhãs, antes de começarmos a estudar, havia hasteamento
da Bandeira do Brasil, e cantávamos, acompanhando e decorando,
o Hino Nacional, que ele colocava na enorme caixa de som. Cantávamos
com muito respeito, e todo comportamento exigido pelo então diretor, por fim, rezávamos, só depois entrávamos para a sala de aula para estudarmos.

Com ele, aprendemos também o Hino da nossa cidade de Fortaleza, e do Ceará, aprendemos o Hino da Independência e da Bandeira Nacional, que eu amo,
e amarei (esta, a mais linda de todo o mundo). 
Nos teatros em que o diretor e os outros professores produziam, os alunos faziam
o papel de cada personagem da história do Brasil, para na véspera do dia da independência, fazermos a apresentação, para os nossos pais, parentes e amigos.
E para o dia da Independência, sem dúvidas, começávamos os ensaios da marcha, pelas ruas, à partir do mês de junho, para desfilarmos impecáveis, no dia 07 de setembro. Tempos inesquecíveis, fechando os meus olhos ainda posso ouvir a voz
do diretor, e também o seu apito estridente, e por fim, quase gritando, ele, pedindo para pararmos com a algazarra e barulho dos tambores.
O meu amor pelo Brasil, foi nascendo, crescendo e entre vitórias e sofrimentos,
foi tão linda a nossa história... os meus olhos veem tanta, mais tanta beleza natural nesse País, que não sinto outra coisa por ele, a não ser um patriotismo intenso e muito, mas muito amor mesmo, por essa terra em que eu nasci, não existe outro lugar nesse mundo que eu quisesse ter nascido, porque independente de qualquer coisa, eu amo ser uma nordestina, e acima de tudo, amo ser brasileira.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/09/2021
Alterado em 07/09/2021
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