As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos

 

 

 

A vida    p a s s a

 

 

 

A réstia de sol no copo vazio, na minha

vida, quase apagada... sem você, sou nada.

 

No copo vazio,

as minhas incertezas seu brilho invadia...

o vento na roseira, inocente, brincava,

a chuva cansada, aos poucos fugia.

 

Reforçava-se o medo, do indesejado calor

de outras noites e das madrugadas.

 

A poesia calada... alimenta-se de medo,

e de dor,

de algo mais forte, o que nos acode,

é a fuga para o mundo da fantasia do amor.

 

O que nos acode...

é o desejo de banhar os pés nas águas

que vem do riacho dos sonhos,

que puxa pelos ouvidos o barulho

relaxante das fontes...

 

enquanto no fundo mais escondido da alma

a suave lembrança, dele e do seu silêncio

que na minha urgente saudade se encanta.

 

Ele, minha vontade pura... de amor, sim,

e de poesia ausente, alimentando sempre,

a felicidade fúlgida que vai e que vem,

sem desistir do sonho que é dele,

ele, que vive em mim.

 

Vive em meu peito, encravado em meu coração,

de infindo alvoroço, meu céu, meu poço,

nas longas horas que ele, por seus motivos,

some... nele há vida, há tanta graça!

 

Sem ele, espero o tempo, e a vida passa.

 

Nele estão os meus suspiros, sem ele, sei,

sou tão pouco

sou quase ninguém, nesse amor, a vida

não me reprime ou consome.

 

Minha alma é um mundo lindo e louco,

que erra os caminhos, mas só chama o seu nome.

 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 27/04/2022
Alterado em 13/09/2022
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