Ao derramar-se pelas serras o amarelo dos ipês, fica o silêncio respirando o amor, quebrando-se no alvoroço festivo dos pássaros, que à me guiar, a minha alma vai te buscar... um amor sem fim, invade-me tomando conta dos meus pensamentos, me transformo... ora sou folhas rodopiando, sou ave, e em cada voo, do beija-flor que vagueia com tanta graça, e em seu compasso pulsa o meu coração, aflige minha alma e ao mesmo tempo acalma, vou te encontrar.
Caminho, por onde passo, seja a hora que for, não vejo nada além daquilo que quero ver, no percurso só escuto, ou me deixo invadir, seja em paisagens, rostos, gestos ou palavras, do que me faça sentir tranquilidade, o mundo que eu vivo é pacífico, cansei... descobri ainda cedo, que nada do outro, que não seja para me elevar, possa atingir a minha mente, cansei de parar para compreender, cansei de querer resolver, dele, absorvo somente o que traz alegrias para o meu viver.
Houve um tempo em que havia tanta preocupação, tanto medo, tanta insegurança, acúmulo de sentimentos que puxavam para um abismo interior, decidi não me deixar abater por coisas, ou por nada, que não tem a ver, estou em paz, de repente a serenidade anda de mãos dadas comigo. Esse tempo ficou no passado, quero viver em paz.