As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos

 

 

Infinda distância

 

 

Alma que mira o horizonte e se perde em seu destino sem desejos, sem direção já nem se aflige um coração que pulsa sem mais estar, bateu asas em busca do brilho, enquanto o seu mundo escureceu... sonho que não mais viaja, diante da lua à brilhar, a sua realidade é a de que sequer a melancolia nela, ainda encontra lugar. Não sente a falta de quando permitia a sua alma viajar na leveza da poesia, ou de fugir por aí, livre para a sua vida ressaltar, sabendo para onde ir.

 

Tudo é do jeito que tem que ser, tem coisas que é difícil enfrentar, outras coisas podemos somente ouvir, sem nada mais poder dizer. Ao deparar-se no ápice da existência, não é tão simples quanto se perder num caminho, ou uma situação absurda talvez, na qual se espera encontrar a saída... fase em que até o cheiro do café passado na hora, antes prazeroso, incomoda, onde a vida é só uma vida, terminado seu estágio, futuro? _ Resta só o agora. 

 

Os seus sonhos se foram com eles as fases da lua, sem saudade do que foi vivido ou do que não viveu, e da mão que insiste em acenar um adeus, faz lembrar apenas dum amor que o tempo não cicatrizou, mas que na infinda distância se perdeu, porque a maior distância não é a de espaço físico, mas de alma, que sozinha atravessa o seu deserto, estranho é que quanto mais longe ficas, mais te sinto aqui tão perto... pois em mim, vives, para te amar, não há distância que impeça.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 11/09/2023
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