Palavras... Mundo de ilusões, algumas perdidas.
Liduina do Nascimento
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28/05/2025 06h00
Prosa matinal

 

 

             Prosa matinal

 

 

               Sem ter o que fazer é como dizer sem ter no que pensar. Estamos sempre pensando, ou fazendo alguma coisa. Quando a gente gosta das pequenas e simples coisas, encontramos uma satisfação interior e assim, sentimos com mais força a vida. Hoje acordei às cinco de uma manhã com cheiro de flor do mato, aquele cheirinho frio que parece nos abraçar... Não gosto de sair de casa antes de dar essa voltinha matinal, é onde respiro feliz e calmamente, troco o néctar dos beijinhas, vejo uma flor nova que nasce, e até dou uma conversadinha com elas todas.

 

              Parei... Descobri num cantinho lá no meio das ripas do alpendre um ninho, além de amar os passarinhos eu gosto dos seus ninhos, da sua arte, porque é uma arte maravilhosa! Entrei por instantes, pois percebi que tinha um serzinho com olhos assustados, que ainda assim acabou voando... que confiança! Com tantas árvores nos vizinhos escolher ali para por seus ovinhos, voltei e fiquei por ali regando as plantas, pois o sol quando vem não tem piedade, deixa tudo bem sequinho, se não houver cuidado, elas rapidinho ressecam, e isso eu não deixo acontecer...

 

         Confesso, tive uma vontade danada de ' por hoje ficar em casa, e calmamente tomar o meu café e do mundo lá fora, por um tempo esquecer, mas não fiquei. Não sei se o que gosto mais: Poesia bem cedinho, ou do meu quintal. Muitas vezes fico com vontade de num final de semana fugir pra serra, pegar a estrada que eu amo, penso: - E digo pra mim mesma, depois eu vou... falta coragem, acho que a idade por fim chegou, prefiro ficar na preguiça, sentindo a alegria de ficar ali, sozinha na simplicidade do meu recanto do lar e calada, pensando na vida, sem precisar conviver, sendo totalmente quem eu sou. Então... A estrada ficará para depois, quando eu tiver mais tempo.

 

Liduina do Nascimento

Publicado por Liduina do Nascimento
em 28/05/2025 às 06h00
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25/05/2025 20h01
A vida pede caminhos

 

A vida pede caminhos

 

Um olhar 
A viagem que a vida impõe ao nosso tempo
deixa tantas marcas em nossa alma que se prende
que não quer encerrar alguns ciclos onde neles
já não nos inserimos...

Quero viver alguma coisa que me impulsione
assim vou tentando empurrar a minha alma, para
que ela consiga descer de seus voos em busca
do impossível, e enxergue como me sinto...

Ela está presa ao que trouxe tanta felicidade
trouxe esperança, poesia e esse sentir que deixa
o amor, o que ela não sabe é que o infinito está
marcado para sempre, mas a vida pede caminhos,
a vida quer passar, quer lançar um olhar diferente
seguir amando e se conformar.

 

Liduina do Nascimento
 

Publicado por Liduina do Nascimento
em 25/05/2025 às 20h01
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01/05/2025 07h00
Sonhos e pesadelos

 

 

Sonhos e pesadelos

 

Desejei um mundo diferente do que eu vejo, era um mundo de sonhos realizáveis, na realidade vejo tantas pessoas morrendo, violências, tantos pobres sofrendo com fome, com frio, sem consolo, sem atendimento, sujos, doentes ao relento... Antes o meu mundo tinha tanta felicidade! Eu era uma criança feliz, corria sem medo de nada, até os trovões e relâmpagos eram inofensivos. Isso na minha mente.

 

Agora tenho tantos pesadelos, coisa que eu não tinha antes, sei lá, passo o tempo todo tentando tirar dos meus pensamentos coisas horrorosas que acontecem no mundo, fujo dos noticiários atuais, eu fujo da realidade, e por mais que eu não queira saber, não queira me envolver, é neste mundo que vivo, é inevitável da vida me esconder.

 

Não esqueço o último pesadelo, fui dormir imaginando coisas boas de se sonhar, de repente: Aquela voz de arrepiar gritando _ O nosso pó será coberto pelas águas, e tudo se acabará:  a arrogância, a ganância, todo orgulho se extinguirá, só ficarão os ares, sem ninguém com uma história para contar... Ninguém livre ou preso, sem racismo, homofobia, violência contra a natureza nem ninguém, nada mais de bom ou ruim acontecerá. _ Atordoada acordei, com o meu coração à me balançar de tão aflito que estava, à revelia uma lágrima no canto do meu olho esquerdo, é o primeiro à lamentar, dele eu não fujo quando a tristeza mesmo sorrindo, tento disfarçar. 

 

     - Gosto dos meus sonhos lindos, que às vezes sonho também dormindo...

 

Outro dia eu havia sonhado, com três planetas chamados de terra, empilhados, eu, no espaço à sonhar, achando fantástico tanta beleza, três planetas de azul intenso, eu sorrindo e admirando. Para que fui despertar!

 

Outra vez sonhei que estava sozinha no meio de muitas montanhas, algumas bem coloridas, coberta de pedras e flores de toda cor, pedras lisas e marrons, abaixo do círculo de montanhas gigantescas que pareciam querer alcançar o sol, eu ficava parada em uma delas, e quando olhava abaixo havia uma correnteza de muitos rios correndo em abundância.

 

E eles seguiam o seu percurso, e em cada montanha havia muita gente sorrindo e cantando, e eu do lado de cá, em minha montanha de mato verde, sorria, achando bonito todos a sua sede de vida matando, sede de amor, sede de alegria e de felicidade, que sonho mais lindo meu Deus, parecia que ali era chamado de eternidade.

 

 

Liduina do Nascimento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Publicado por Liduina do Nascimento
em 01/05/2025 às 07h00
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01/01/2025 14h34
Além da janela

 




 

Além  da  janela

 

 

O tempo é uma antiga estrada, somos um trem arrastando-se

às cegas, enfrentando obstáculos,  querendo alguma estação.

No percurso, inúteis falas aos ventos, em nossos olhos temos

uma venda, e ouvimos só o que nos convém, sem esperarmos

que alguém nos compreenda.

 

Ao olharmos para trás, aceitamos que tudo se foi, tinha que ir,

pois quem ama, ou desama, sabe que sempre chega a hora

de partir. Quem tentou ficar, não conseguiu, quem tentou

da vida desvendar seus mistérios, desistiu. Sozinho, temos que

o nosso destino cumprir. 

 

Se você  um dia amou ou foi amado,

se você  sonhou e realizou lado a lado, ou no peito levou

somente um velho coração acanhado; Deve o seu caminho seguir.

 

Foi, também quem não conseguiu abraçar seu amor,

e àquela lágrima triste não secou, foi com o olhar distante,

para além da janela do trem,  é assim, o tempo não espera por você,

por mim, nem por ninguém, avante!

     

Liduina do Nascimento

Publicado por Liduina do Nascimento
em 01/01/2025 às 14h34
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