As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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'Inegável querer


O meu olhar reluta... quer ver além... sei.
Faz sentido 
talvez essa vontade
Como esquecer o quanto  contigo sonhei.

Quis em tua vida,  ser o que não pude. 
Acreditei no que o meu coração via.
Ressucitada dor, faz o meu  mundo rude.

Agora horizonte  tão próximo e tão perdido.
Desejos acesos, sorrisos mortos, mortos.
Que fala, nada mais  traduz... sem sentido.


Aquieta o calor que inflama d'um dito amor.
Aqui dentro não morre esse querer profundo.

Um querer sem brilho. Sem delírio nessa cinza cor.

A solidão calada, vem, machuca e ensina-me
o caminho desse  súbito desamor, mostrando-me
a quantas anda essa alma sem rumo.
Banhada de lágrimas
já nem reconheço quem eu sou.

......
Há sempre um pouco de adeus a nós mesmas,
Em cada poesia.


-Liduina do Nascimento

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/06/2013
Alterado em 13/05/2016
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