Desmotivada
Há sempre uma antiga busca em qualquer procura, fica sempre dentro de nós.
As marcas que insistimos em largar em um canto qualquer.
Daquelas... Fortes, sem cura. Só em pensar assim, a minha alma fenece.
Talvez eu devesse fugir, talvez eu devesse refugiar-me em um lugar bem distante. Longe de tudo o que me cerca, até longe de mim mesma.
Sei, que não sou importante...
Nem pretendia ser, apenas queria resgatar os tantos sonhos perdidos,
faria um pacto, o de não construir nenhum a mais. Mas não posso.
Me reposicionar, tornando-me fria... Era tudo o que eu queria.
Mas eu não consigo, sou feita de emoção.
A minha tristeza não oscila, se eu usasse apenas o racionalismo,
deixando as minhas tantas fantasias para depois.
Viver sem sentimentalismos sim,
desistir do amor. Ser prática, objetiva, ah como eu queria.
O depois... O que é senão uma fuga. Encontro-me viajando,
de vidraças abertas com um vento forte no rosto,
secando as lágrimas, querendo ser uma mulher diferente,
querendo deixar atrás tantos desgostos.
Seguir uma nova estrada...
Seguir sempre contente, deixar de ser piegas, sensível.
No lugar do meu coração tolo,
queria algo que a mim parecesse ser um ser, bem distante.
Chegaria para o doutor e diria com uma pedra na mão:
Doutor faça-me urgente um transplante!