As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos
                               

                                              Reação

Um momento inevitável somente seu, haveria de chegar, como uma definição. Por não reeditar uma conhecida dor. Por não renovar a visão da realidade. Cala o amor que faz chorar, desvia-se da poesia de todas as formas, desvia-se da ilusão que machuca, acorda o que havia ainda para sonhar. Fecha as fendas ao cair no vazio infinito do ar, que é feito os pensamentos que não findam. Fecha os seus braços para o abraço que necessita. Sê só, na falta de sentimentos que incentivam. Tapa os ouvidos aos murmúrios da exigente emoção que dita o que quer,  ouve apenas as pisadas silenciosas do seu existir sem sombras, mas apenas com a sua sombra. Sem medo do futuro quando juntar o passado com o presente, desaflige a espera da sua alma que quer sossego, recebe os seus amanhãs sem confundi-los com desenganos, já ultrapassou os horizontes tãos seus!
Não desista de voltar pelos caminhos já trilhados, bem para dentro do seu eu. O sonho é seu, quando a felicidade é fugitiva ela tende a se esconder, não cansa desse jogo de esconde esconde, sem aprender a caminhar por caminhar. Cética da solidão que rejeita junto com o abraço da dúvida, renova a vida sem ladainhas. 
Ser humano é sentir tudo desabar ainda assim continuar acreditando em si mesmo e seguir...
Nenhum ser é completo, ou totalmente só, há sempre um bom motivo para não desistir da vida. E n'uma dessas pausas acontecem tantas coisas maravilhosas, que é melhor guardarmos  apenas para nós mesmos. Fecham-se ciclos,  abrem-se novos. Para a nossa sabedoria e amadurecimento.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/08/2013
Alterado em 01/05/2016
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