As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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FOGÃO À LENHA


Queima a fé,  reascende a esperança...
Arde dentro do peito, queimando feito brasa
A saudade, dos amanhãs que serão lembranças.

A algazarra ao redor,  todos sentados
à mesa... Mais um domingo em festa
Pela bela visão da natureza,
que em um dia deixa tudo transformado.

Fogão à lenha.
Quanto tempo já passou.
As labaredas tem sempre a mesma cor,
o fogo é o mesmo. Alguma fome não cessou.
Com paciência, antes do meio dia,
certamente sairá a refeição.
Saciará a fome nesse domingo
no sítio, ou na fazenda
não diria de outrora
mas a poucos passos no sertão.
Em algumas lares,  não.

Enquanto tudo queima
fenesce aqui dentro a ilusão.
Queima a lenha, queima essa ardente paixão.
Quem sabe daqui a alguns anos, sossegue
Esse meu tolo coração.

 





 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 22/10/2013
Alterado em 04/02/2016
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