Conto de amor
Infinitamente apaixonada
Queria com ele todos os crepúsculos
E o seguia...
Através dos seus pensamentos
cheia de vontades bem guardadas, o amava.
Tonta de paixão
sempre o horizonte contemplava.
Para chegar até o seu amor
queria seguir até mesmo o vento que soprava.
Invadida por esse amor, ah como sonhava!
Seu silêncio era sua contrição...
Às vezes
ficava mais reservada porque a ele 'sufocava...'
Dele
Em sua quietude, tudo ela amava
mesmo um suspiro dele que fosse, como ela o admirava!
Sabendo somente, que a ele, esse amor entregava.
Sem explicação
Fluiam tantas, tantas emoções
Porém muitas por dentro, ela calava.
Sempre acanhada...
Mas esse amor aos quatro ventos, confessava!
Muito dizia. Algo mais, ela sempre guardava.
O tempo passava, ela percebia aos poucos
que para esse seu amor até mesmo
o céu a seu favor conspirava...
Ela de olhos crédulos, fechados
nele acreditava
Amava as suas letras e tudo o que o inspirava.
Sempre acanhada...
Apaixonada. Ela esperava no tempo...
E incansavelmente o buscava
Ela intensamente o amava.
Ele era a sua luz em seu silêncio
A luz da qual ela precisava.
Assim
docemente por ele sentia-se tocada
Ele tinha esse poder
de deixá-la sempre encantada.
Sempre foi assim desde a primeira vez
Ela seguiu a vida toda assim, amava...
Amava.
Se era noite ou dia...
Ela não se importava
Ele era uma espécie de luz pela qual ela era banhada.
Até hoje...
Ele é todo sol em sua estrada, por ele ela
é uma eterna apaixonada.
Liduina do Nascimento.
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