Textos
DERRADEIRO POEMA
Se esse fosse meu último poema, nele eu não falaria do amor, nem da paixão.
Esqueceria de mim nesse instante, a poesia seria uma grande dor,
Seria um grito sem infinito sem ouvintes em meio à multidão.
Seria um rascunho triste, ôco, alucinado,
Sem ilustrações deslumbrantes, soltaria da alma, todo seu clamor.
Se esse fosse o meu último suspiro, meu derradeiro poema,
Apelos e mágoas nele eu derramaria
Lamentaria pela humanidade e seus dilemas,
Nas pisadas doloridas em pedras e espinhos
Sempre lutam em vão em seus caminhos de intranquilidade.
Ao que denominam; vida lírica de um poeta,
Eu chamaria de eterna insatisfação
...Soltando a sua dor, não contendo na alma a sua solidão.
O poeta não vive, anseia. ...Ele quer.
Quer sempre corrigir os erros que sente do mundo.
Nunca contenta-se num mundo sem cor,
Só quer aquilo que se esconde bem dentro
Do seu coração, que não descansa nem por um segundo.
Sensíveis, loucos poetas, lidando com a insensatez dessa vida,
Na própria absurda escuridão, sem lápis desenham sua tela,
Mentalmente uma resta de sol, se presos estão, sem sequer Enxergar uma frecha da imaginária janela.
A dor, não tem enfeites nem formatos coloridos.
Essa é a triste realidade do ser humano que caminha com olhar perdido.
Felizmente... Esse, ainda não é o meu poema derradeiro
Ou Prosa, seja lá o que for
Cada vez que escrevo é como se fosse sempre o primeiro.
Liduina do Nascimento
°
°
°
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 14/12/2014
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.