As estações da alma
A alma voa, deixando os seus rastros em forma de poesia.
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Poeta sem alma
 

 
 
Era tanta, tanta vida acontecendo lá fora,
Calor, fogo e faíscas, algazarra, enfeites do arraial,
Amores, quadrilha, com o  cheirinho das comidas,
Sanfona tocando, na festa junina, .
Sem balões, ah os balões, proibidos como um certo amor.
    No peito nada mais lhe doía, não queria um amor artificial.
           As vontades se foram como a fumaça da fogueira,
           Um olhar distante, comemorando a leveza de só ser,
Sem amanhã, sem brilho, nem as estrelas lhe restaram,
No semblante, refletido o lado de dentro, que ninguém vê.
Da penumbra do quarto, contempla um céu seu, diferente,
Fêz-se um dia morto.  Uma noite, não vivida,
Engasgando com as pipocas doce, inibindo o seu anseio.
Sombras pairavam, memórias de uma felicidade prometida,
Esperança há dias, morrendo. Vencidas.
Lembrou de fantasias que não lhe causava mal.
Em sua alma,
Era véspera constante de sonhos perdidos.
Era festa! Linda estava a fogueira,
Desnudando a dor, desse poeta sem alma, sem verso
Sem um rascunho sequer,
Já não escrevia, não falava, poeta que hoje,
Caminha pela vida, feito um ser, qualquer.

- Liduina do Nascimento















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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 24/06/2016
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