Descasar
Salta o buraco raso, salta desviando-se do abismo,
enquanto um pegador de roupa prende a esperança...
O sol mata a preguiça.
A ilusão no varal se segura, do, ventos correndo soltos.
volta, veste a roupa amarrotada.
Vida enfadonha pensamento embromado, pisa
uma flor outra flor... onde foi parar o amor eterno?
Prometi a minha mãe que cedo não ia morrer,
vou em cores cinza, terminou o caminho, pasmo
horrorizado, onde será que estou?
Recusa a tempo, não tomo a vitamina de abacate,
deixarei a libido em modo avião.
Alimento a ilusão, a conta da água aumentou!
Mais que esse consumo, frito estou, presumo.
Canto embaixo do chuveiro... penso na viagem,
outro buraco no chão, tantas pedras, tantas rezas,
a alma ora quebra, desconserta-se, tudo pesa!
Sem fé eu vou acreditando, preciso descasar, ando
sem gosto pra amar, por um ano inteiro.