"Acalma a aflição acalenta a alma e silencia"
Liduina do Nascimento - Poesia ❤️
Textos
 

Poesia
  Crônica

 







Às vezes você pensa que chegou na estação mais quente de sua vida, daquelas que ao você olhar para as nuvens branquíssimas destacando-se num céu de límpido azul dando um tom estonteante ao longe à linha do horizonte, onde finda o mar que os seus olhos alcançam, você só sente vontade de fugir e pensar, e acha que esse sol não vai amenizar... Sabe que muita inspiração vai chegar, mas sente um pouco de tristeza por saber que algumas de suas fantasias, não poderão se realizar. Daí você sente intenso o calor do sol e por dentro resgata a sua energia interior e anda, vai, procurando se despreocupar, de vez em quando molha os seus pés, para continuar viagem, só observando o que acontece ao seu redor. Como a maturidade é incrível e seletiva, de certa forma ela ilha você e você gosta.

Ao longo da sua calma caminhada, sozinha, você vai respirando fundo, vê pessoas que alegres por você passam, vê casais enamorados, crianças correndo, e a bola correndo para as águas, e o cachorro também, você ri e o seu olhar acompanha o movimento da vida, ouve falas, gritos, sons diversos, mas só quer escutar o seu pensamento soprado pelos ventos.

Pouco importa para os outros, de qual cor você vai pintar o seu caminho, a sua vida só interessa a você, às vezes pulamos alguns atos, pensamentos, proibimo-nos de seguirmos algumas ideias da liberdade de sermos exatamente quem somos porque queremos agradar. _ A quem mesmo?
Sendo um grande erro, porque a vida é somente nossa e por mais que alguém nos ame,  ou despreze, não estão em nossa pele, não vão sentir a nossa dor, nem a nossa alegria, o nosso prazer na missão cumprida, nem o nosso olhar perdido, na volta para a casa, vazia, da prazerosa algazarra que os nossos filhos faziam.

Então você escolhe a sua nova estação, diante das lições de vida, recebidas, você se acalma, passa à perceber que o sol já esfriou e começou a chover, as nuvens escureceram, sim, é chegado e bem vindo o inverno, molde-se então às cores cinza.

Voltar para casa significa saber que o que você construiu, é o seu abrigo, o café quente, os seus lençóis, o relogio da parede que lhe é fiel, a tranquilidade do lar é um luxo ao qual você a si esse direito deu.

Então você se entristece por aqueles que não tem para onde ir, aqueles que não tem pão para comer, e até ora, por àqueles que não sabem dividir.

Refletir, agradecer, é hora, e de reescrever a sua história.
É um outro tempo que você conseguiu vislumbrar, e que não é muito tarde para você se reestruturar, se o que lhe restou foi a poesia, se não dá mais tempo para realizar, continue sonhando e escrevendo a sua doce solidão, as suas bobagens, como quiserem chamar. Mas sempre adorando a sua própria companhia... Deixe em seu peito a sua alma ser livre, porque somente ela sabe o seu jeito de amar e sabe com quem nesta noite e em todas que lhe restarem, você vai querer sonhar.



Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 13/04/2017
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Site do Escritor criado por Recanto das Letras