DESACREDITAR
Dar asas ao amor, soltando sempre as mais lindas fantasias,
Não machuca,
Não dá saudade,
Não dói,
Quando é somente um devaneio.
O que magoa a alma e faz doer fundo no peito,
São as ilusões perdidas,
É ver o seu amor indo junto com o vento,
Feito folha que se desprende seca se perdendo ao mar,
É perceber que o sonho que você construiu
Sem mais explicação, alguém o matou.
Não foi ontem,
Nem foi a primeira vez que você
maltratou o meu coração, porque eu deixei.
Confesso;
Eu repeti, repeti o sonho diversas vezes,
Porque era tão bom sonhar com você e ainda é, sempre será!
Era tão bom tudo!
Acreditar que...
Acreditar que...
Acreditar que... Preciso desacreditar...
Agora eu mudo os meus pensamentos,
Não acredito em mais nada,
Agora eu não ouço mais as músicas que me faz lembrar
As minhas viagens à sua procura.
Quero achar um caminho que me traga de volta,
Sem cair no abismo da solidão,
No meu vazio sem você... Estou muito triste.
Triste sina dum amor perdido, cuja estrada findou,
De repente piso num chão sem paisagens,
Um céu sem cor, de nuvens sem graça, paradas.
O seu olhar já não é um olhar,
É a busca da minha cura, sem saída para a dor,
Dor de amar o que está do outro lado,
Fico com o meu rosto batendo à porta fechada,
Tentando curar feridas que nunca serão cicatrizadas,
A minha alma não mais existe, mas algo muito forte, sobrevive.