Olhos inconformados, se perdem pelo caminho,
Param em suas mãos que tocam o realizado.
Não satisfeitas, as letras, fluem sem sentido,
Feito estrelas no universo, bordam tudo sem graça
deixando incompreensiveis rastros.
O vazio permanece, na busca acentuada,
retornando para dentro de você sem querer,
constrangendo a suposta ilusão,
a dor continuada.
É tarde, preciso voltar à minha cidade,
Cego, urgente vem um caminho, mais outro,
enchendo o seu peito de uma nostalgia e vontade.
Junto com os ventos, na mesma velocidade,
Dum amor vívido, lúcido e contrariado, que
Diz do inexistente na estrada comprida demais,
Não desiste de você, mas não reconforta saber
da ânsia de medo da morte lenta...
Numa curva,
a alegria não tem vez, se a esperança ronda
ao seu redor, louca pelo gosto da cereja...
Mas os seus dedos presos e seus olhos parados
em outro horizonte,
não alcançam, a sua cor, onde quer que esteja.
a sua boca permanece seca, que desconhecendo o sabor;
Sem sofrer prossegue a vida insistente, que inocente não quer
ver você sofrer, muito menos por amor.
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