Existir
Guardava anseios e palavras, em demasia,
pensando no amor e escrevendo,
agarrando-se ao tempo, não se perdia.
Guardava um estoque de sentimentos,
ele era real, mas morava só em sua imaginação.
Era um querer estar, trazendo ao túnel, a luz
que retirava da sua alma, a escuridão.
Enquanto muitos não tinha onde morar.
Vivia totalmente só!
Morando assim em qualquer lugar,
ora nos ramos cheios de frutos maduros,
Nos lagos, nas folhas, nos espinhos e prados...
Nos telhados e nos muros.
Vez por outra, precisava com urgência partir,
ia pelos sonhos, sem ter ao certo onde ir...
Depois calmamente voltava com os ventos,
lembrando do quanto com ele foi feliz, agora,
sem mais passado, presente ou futuro,
sempre com ele, (o seu amor), nos pensamentos.