Chama
Devagarzinho vem, pousa hesitante,
Destacando-se, à penumbra
Embaixo da janela, por dentro.
Ao seu rastro no meio da escuridão
oscilando no vai e vem, junta-se o vento
Abrindo a cortina,
Enquanto o foco de luz clareia o chão.
- - - -
Sonolenta ainda, tentando lembrar
Os sonhos da noite passada,
Respira preguiça, encantando-se com a cena
Que chama a sua atenção.
Eleva os seus pensamentos,
Agradece a benção de mais um dia.
Feliz, faz uma oração.
- - - -
Oprimida, a alma em silêncio reclama,
De repente os seus olhos brilham,
diante
Dum simples foco de luz, que à vida, chama.
_ Liduina do Nascimento