Textos
Muito tarde
Dentro e fora
Tudo se aquietava.O amor silenciou
O sereno
tomou conta da noite
A alma
Em nada mais
Acreditou.
Foram tantos voos
Sem equilíbrio...
No enlevo do aroma
Inebriante da flor
Encantava-se com a nova noite.
Estava abandonando o céu.
Agora era ela e o tempo, aceito
Dum jeito natural.
Suas asas cederam brilhando
Indiferente à luz da lua,
Já aceitando a luz artificial.
Nada havia a dizer, nada queria ouvir
Estava amando o silêncio
Não gostava da falsa voz do vento,
Era muito tarde para sentir.
Onde guardar as suas asas sem machucá-las?
Estava muito cansada de voar,
Só precisava dormir.
Logo beberia o sopro da tempestade do esquecimento.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 05/12/2017
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