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Sem histórias °
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Hoje, não quero me deixar sufocar,
deixarei a janela aberta, para sentir a brisa da noite,
deixarei o brilho incandescente da lua entrar
iluminando a escuridão que invade os meus pensamentos.
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Quero amanhecer inteira, antes preciso do silêncio ° °
tomando conta da minha alma, que vai adormecer,
Sem contar nenhuma história, ou ouvir.
Sim, deixarei ao menos a janela aberta, para o frio
da madrugada sem lençóis, sentir, para resfriar a minha alma.
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E quando o vento madrugada à dentro,
enroscar-se no meu sono, desmanchar os meus pesadelos,
Terei doces sonhos, e
Talvez ao despertar, eu não recorde o que sonhei.
Mas, o canto dos pássaros, e os galhos das árvores,
roçando as paredes pelo lado de fora da casa, ouvirei. °
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As borboletas à revelia, em festa, enfeitarão a minha manhã,
mostrando-me o quanto a vida é bela! ° °
Talvez a minha alma encontre uma porta, destrave-se,
deixando para trás o quarto em que se trancafiou,
E plena, respire fundo, abrace a vida
buscando um novo caminho pelo lado de fora da janela,
desviando-se dos caminhos do amor.
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