A flor
Agumas pessoas se escondem em seus temores, se deixam congelar alma e coração. Não sabe o que é sentir e se entregar, um ser que finge amor sem jamais saber o que é amar . Eu já morri de amor, acredite, eu já morri de amor, já envelheci no amor. Percebi que eu era inverno, ele não, eu era a alma da casa, ele era a estrada que leva a lugar nenhum, eu era a história inacabada, me reescrevendo, ele era a história mal narrada, porém finda. Eu, consciente que não existe tempo perdido, existem flores que se fecham mas não morrem, dia seguinte voltam à desabrochar, o dia tal como a noite, é tudo para mim.
Sinto a alegria de estar.
Sinto alegria,
Por que eu sou alguém que busca.
Seja tempo de chuva, ou de sol, os sonhos que me movem são insistentes, o meu jardim está sempre florido, se a chuva me traz melancolia, invento um sol brilhante, finjo que acordei feliz, vou sendo a história sem querer o fim... Mudo de idéia, não sou uma rosa, não sou pedra, sinto frio, aqueço-me, se sinto calor - Caio nas águas, esqueço de tudo, nem penso ir na direção dos ventos, nem quero os meus pensamentos, esqueço o cansaço, sou a flor mais viva diante as intempéries, é sempre tempo de perceber que lindo mesmo é amar.
Quem disse que não se morre de amor? Quantas vezes morri, se morre de amor cada vez que ferem a sua alma, se morre de amor cada vez que você acredita... E na decepção, vem o crescimento bendito, bem vinda experiência, o que não me tornou uma ostra, apenas reservada. Até que um dia o amor, teve compaixão e me trouxe de volta à vida, já não sou mulher, sou só uma espécie resistente de flor.