Ah mar!
O barquinho de papel
julgava estar sobre o rio.
Feliz, dizia,
Ah estou na direção certa.
- Certo de que chegaria.
Ele respirava sentimentos,
de tanto aspirar, criou vida!
Tolo e tão frágil
encontrava obstáculos
em todo lugar...
Na verdade não desistiu,
Voltou ensopado,
querendo disfarçar suas lágrimas.
A cada instante
pensava...
Pôxa, não consegui,
fiquei aqui,
largado num canto, à mercê
das noites, agora estou.
Aquela imensidão de mistério
tanto quis nele estar... ( pensou )
Reclamando, amar
é um desapontado, engano;
Não era um rio, ah mar!
Como estou triste,
por não ter te encontrado,
ficarei sempre à te sonhar.