Enquanto espero o café

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Enquanto espero o café

Tanto engano vivemos, até perdermos o encanto,
o tempo, amiúde,
traz a transparência da alma do outro.
Sem decepções.
São os livramentos!
Humanos, falhos, frágeis,
o gostoso mesmo é compreender a verdade.
A busca cessou,
O resultado é o fortalecimento.
Quando pedi um lugar diferente, não imaginei que fosse
assim,
Nesse aconchegante ciclo, que nem sonhei.
A alma já não peregrina, e consciente quer sossêgo,
E o amor descansa?
Enquanto espero o café, feito com amor, penso...
Jamais senti essa sensação incrível de escrever com
alguém à me esperar e compreender a minha alma louca.

Por um segundo,
os pensamentos nos tiram o foco, mas, a brisa da manhã,
o chamado do Bem te vi, que eu amo,
O toque suave das mãos, macias e incansáveis,
apontam sem palavras, o que é real.

Caminho por onde posso sentir o perfume das flores,
Posso olhar o verde fascinante.
Onde o despertar, do calor de outro corpo,
espanta o frio e os maus pensamentos.
Aos poucos,
tudo foi sumindo da memória,
feito paisagem que desaparece na poeira.
O cheiro do café é chama.

Tem certas coisas que o coração agora rejeita.
" Tudo tem seu tempo "

Liduina do Nascimento

Enviado por Liduina do Nascimento em 07/04/2018