Solidão a dois
Próximo, bem próximo, que posso sentir o seu calor.
A sua alma,
Foi ficando para trás, para trás, para trás,
Tão perto e tão distante.
Emudeceu, emudeci.
Trancou-se em seu mundo, deixou do lado de fora, o amor.
Perdeu a receita de como ser feliz.
Onde foi parar o seu brilho?
Não podemos precisar quando a estrela mais bela se apaga,
Ela some de dentro dos nossos olhos.
Pouco a pouco,
Tornou-se um dia sem sol.
Brilho?
Somente na lembrança.
Por companhia segura, escolheu o silêncio,
O mesmo que tão bem conhece a solidão à dois.
Riso e olhar perdidos,
Parado, como o tempo que não abraça mais
a sua voz agora, sem empolgação.
Sem nos encontrarmos, guardamos tantos momentos,
Agora esbarramos sem vida, um no outro o tempo todo.
O café mais uma vez esfriou. Pela porta entreaberta;
Congelada está a nova estação...
E essa saudade imensa de ver você, sendo você,
Não cessa.
Entre uma lágrima e outra vejo as folhas caírem,
Como nós, assim sem solução.