Nostalgia
Hoje em dia só preciso descansar, mas quando tinha força nas asas, fui água subindo pedras iluminadas, pelo sol, em transparência fui a alma das águas e estagnava na beleza dos montes, sem me refugiar, montes e mais montes, eu fui a fonte que escorria pelas matas, descia, subia sem tempo para sentir tristeza, andava com os ventos com muita alegria...
soprava as folhas das palmeiras, o eco eu ouvia depois o som da passarada abafava e calava por dentro qualquer nostalgia. Fui tudo o que não devia ou podia ser, abraçava a vida que dentro de mim e fora acontecia.
O meu coração era fechado, feito pedra endurecido, silencioso, amargo apagado e sem vida. Um dia o amor me visitou, veio arrebentar, mostrar os quatro cantos do mundo, a minha estranha alegria, levar. Agora, sou uma paisagem repleta de nostalgia.