Simples conto
Enquanto se recostou no seu travesseiro, quebrando
a monotonia do silêncio, uma curta história, ouvia...
Era um conto simples, que trazia a realidade
fantasiada de alegria, mas, no fundo,
Só uma saudade desenhada, daquelas desenganadas.
Falava de uma alma que esboça um sorriso
que ficou preso na tela do tempo.
Quantas almas disfarçadas existem num
tempo em que acreditou no amor?
Alma que não amanhece,
quer ficar nos recônditos da noite.
Enquanto há sol, não abre os seus olhos,
Antes, permanece nos sonhos, embora perdidos.
Não quer caminhar sem destino,
os seus passos agora presos, só lamento,
renega atravessar a fonte,
alcançar a inspiração que existe em cada pétala de flor.
Alma que prefere passar o resto dos seus dias,
contando as sementes que numa terra infértil, não vingou.